Moderação é a chave para aproveitar dos benefícios da delícia sem prejudicar saúde e peso
Prazer e culpa andam juntos quando se fala de... chocolate. Não
é por menos: a delícia consumida pelos astecas e maias estimula a
liberação de serotonina, o mesmo hormônio que liberamos durante o sexo.
Mas, como se sabe, o deleite vem acompanhado de uma alta dose de
calorias: apenas uma barra grande de chocolate pode
conter até 700 calorias. O segredo para se deliciar sem sofrer depois,
portanto, reside na moderação.
— O chocolate não é vilão nem
mocinho. Nesta história, o bandido é a quantidade. Tudo em quantidade
pode matar, até água. O chocolate contém gordura saturada em açúcar, que
são outros vilões. Mas também tem flavonoides, que ajudam no combate ao
colesterol — explica o médico.
Mas para quem quer aproveitar as
benesses do chocolate, é melhor se acostumar com o gosto das versões
mais amargas, com 70% de cacau, que têm bem menos gordura e açúcar.
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O consumo de 20 a 40 gramas por dia, de chocolate amargo, teria mais
benefícios do que malefício.
Confira abaixo outros mitos e verdades sobre o chocolate, e boa Páscoa!
“Chocolate branco não é chocolate”. Verdade. Não só não é chocolate, como é um grande vilão de quem quer manter uma alimentação saudável.
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O chocolate branco não é nada, apenas uma
mistura de açúcar, óleo e gordura;
“Chocolate diet é bom para dieta”. Mito. O chocolate diet é apenas recomendado para diabéticos, pois não contém açúcar. Já quem está de dieta deve fugir do “diet”:
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O chocolate diet é uma armadilha em termos calóricos, porque ele tem
mais calorias. O que a indústria tira de açúcar, ela coloca de gordura,
para manter o gosto doce.
“Chocolate vicia”. Mito.
O chocolate não causa nenhum tipo de dependência. Se as pessoas não
conseguem largar dele, é por causa da sensação de prazer que a
serotonina libera.
“Chocolate ajuda durante a TPM”. Verdade.
Mais uma vez, a serotonina ajuda a responder a questão. É ela que
auxilia no combate à ansiosidade e à irritação típicas da TPM. Mas, da
mesma forma, a tensão pode ser atenuada com exercícios físicos ou sexo,
outras duas atividades que liberam a substância.
“Chocolate ajuda nos estudos”. Depende.
O chocolate é fonte de energia e, portanto, pode dar maior disposição
para quem precisa encarar uma maratona de estudos ou de exercícios. Mas
não adianta achar que comer um ovo de Páscoa antes prova vai garantir um
bom resultado.
— O chocolate é um fornecedor rápido de energia, mas não tem ação melhorando a ação cognitiva.
“Chocolate dá espinha”. Mito. Não há nada que comprove a relação do alimento com o surgimento das espinhas.
“Chocolate tira o sono”. Mito. O produto não contém cafeína o suficiente para provocar este efeito.
“Chocolate pode ajudar na prevenção do Alzheimer”. Verdade. Estudos apontam que o chocolate é bom para
os quadros do sistema nervoso central, o que ajuda a evitar a
incidência de mal de Alzheimer e demência.
— Não quer dizer que
você vai dar chocolate para o avô e ele vai se curar. Não funciona para
melhorar quem já tem. Mas há trabalhos que mostram que grupos
populacionais que consomem o chocolate ao longo da vida tem menor
incidência desses tipos de doenças mentais.